Por Que a FTC Está de Olho nas Demissões da Microsoft Após Comprar a Activision Blizzard?

A Federal Trade Commission (FTC) dos Estados Unidos está intensificando seus esforços para questionar a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, mesmo após a conclusão da transação. O órgão regulador está utilizando o recente corte de 1900 funcionários como argumento para desafiar a fusão, alegando inconsistências nas promessas feitas pela Microsoft.

De acordo com um relatório do FTC, as demissões massivas na divisão de jogos da Microsoft, que afetaram significativamente os estúdios da Activision Blizzard, contradizem as afirmações anteriores da gigante de Redmond. A Microsoft havia assegurado que, apesar da aquisição, a Activision Blizzard e o Xbox continuariam operando de forma independente, embora sob o mesmo controle corporativo.

Por Que a FTC Está de Olho nas Demissões da Microsoft Após Comprar a Activision Blizzard

FTC Aponta Inconsistências

As demissões tiveram um impacto profundo, levando ao cancelamento de uma nova IP da Blizzard, conhecida como Odyssey, devido à demissão de todos os funcionários envolvidos no projeto. Além disso, Mike Ybarra, ex-presidente do estúdio, também deixou seu cargo, evidenciando as consequências significativas dessas ações.

A FTC argumenta que as demissões fazem parte de um “plano de execução” destinado a reduzir “áreas de sobreposição” entre a Microsoft e a Activision, contradizendo a sugestão anterior de operação independente pós-fusão. Essa ação, segundo o órgão, prejudica a capacidade da FTC de oferecer um alívio efetivo caso seja determinado que a aquisição violou a Seção 7 da Lei Clayton, que regula as práticas anticompetitivas no mercado.

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Este desenvolvimento destaca o desafio contínuo enfrentado pela Microsoft na integração da Activision Blizzard, enquanto navega pelas preocupações regulatórias e tenta manter as promessas feitas aos reguladores e ao público.

A situação sublinha a complexidade das mega fusões no setor de tecnologia e jogos, especialmente quando envolvem promessas de independência operacional e manutenção de empregos. A FTC, mantendo sua posição vigilante, busca assegurar que as práticas corporativas não prejudiquem a concorrência ou os trabalhadores afetados por tais mega transações.